CAVALOS
MANGALARGA MARCHADOR

21/09/1985

Ouro Preto, o reprodutor que escapou do canivete.

Documento Genealógico. Texto publicado na Revista Eqüinos, ano 4, no 40, 1981 e Garanhões Mangalarga Marchador 1997. Trabalho realizado por Carlos Roberto Meirelles. Fotos cedidas pelo autor.

Ouro Preto, este autêntico Mangalarga Mineiro, registro 142 da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador; nasceu na Fazenda Angahy do Comendador Adeodato dos Reis Meirelles, a 7 de Outubro de 1943, filho de Angahy Monte Negro com Angahy Garbosa. Era tordilho e muito bom de andar.

Em Dezembro de 1944, Ouro Preto foi levado para a Fazenda Boa Esperança, em Batatais, São Paulo, pelo Sr. Antônio Josino Meirelles, juntamente com mais cinco éguas Angahy e uma Favacho (Uruguaiana). Na Boa Esperança foi pouco utilizado, apenas em 1946 e 1948.

Sobre o andamento de Ouro Preto, o Sr. Antônio Josino Meirelles (foi ele quem o amansou e o batizou pelo nome de Ouro Preto) assim se referia: "Tanto faz andar no plano, na descida ou na subida; sua marcha era sempre a mesma. E saibam todos quanto quiserem: era uma marcha natural, não fabricada.

O Sr. Antônio Josino Meirelles, Sr. Tônio ou "Meirelles" como era carinhosamente chamado no seio de sua família, tinha comprado a Boa Esperança há pouco tempo, em 15 de agosto de 1944, e sua principal preocupação na época era formar a fazenda, e por conseguinte não tinha a menor intenção de criar cavalos. Aliás, sua intenção era inclusive castrar Ouro Preto, que só não foi castrado por que apareceu por lá, nos idos de 1949, o primo Zezé do Porto que tomava conta da Fazenda Engenho de Serra, em São Vicente de Minas.

Andando pela fazenda, Zezé do Porto deparou-se com o Ouro Preto e gostou.

O Sr. Tônio percebeu que ele gostara do animal e foi logo dizendo: "Ô Zezé, se quer levar o cavalo, leve-o. É de raça muito boa e antiga lá do Angahy e como eu não tenho pretensão de criar, estou pensando em capar o cavalo".

 

     
  Herdade Ouro Preto  
     
^ HERDADE OURO PRETO
reg. 142. Nascido no Angahy a 07.10.1943,
por Monte Negro e Garbosa.
Vendido ao Engenho de Serra,
que mais tarde o vendeu para o Dié da Herdade,
onde deixou boa descendência.


O Zezé respondeu:

- Mas Tônio, quanto você quer?
- Eu não quero nada, ofereça.
- Cinco contos de réis...
- Pode levar é seu.

E foi assim desta maneira que o famoso "Herdade Ouro Preto" deixou de cair no canivete. Já pensaram bem, quantos animais valiosos deixariam de existir???

Então foi o Ouro Preto para a Fazenda Engenho de Serra. Quando o Sr. Tônio deu ordem ao seu aprendiz-peão João Fernandes para levar o cavalo até a Estação de Batatais, este chorou e disse:


- Onde o Sr. Tônio tá com a cabeça? Não se vende um cavalo destes...

Lá foi o Ouro Preto. No Engenho de Serra ficou diversos anos e foi lá que começou a se revelar um bom reprodutor. Animais como Prelúdio do Porto e Ouro Preto do Porto descendem dele.

Mais tarde, despertou o interesse do Sr. Dié (da Herdade) que o comprou de Francisco Roberto de Andrade Meirelles e o levou para a Herdade. Lá foi registrado sob o número 142 e daí para a frente começaram a nascer diversos bons produtos, destacando-se dois excepcionais: Herdade Música e Herdade Jupiá.



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